Terça, 26 de fevereiro de 2019
Ferrovias para o agronegócio
- Editor Portogente
O empresário Milton Lourenço, presidente da Fiorde Logística Internacional, está otimista com relação ao anúncio, por parte do super Ministério da Infraestrutura, da retomada do transporte ferroviário com a concessão de três novas ferrovias. Entre elas, declara Lourenço, está a licitação da Ferrogrão (EF-170), prometida ainda para 2019 ou início de 2020. "Essa ferrovia deverá ligar os Estados do Mato Grosso e Pará, entre Sinop e o porto de Miritituba, em Itaituba, na margem direita do rio Tapajós, perto de Santarém, de onde os navios podem sair carregados pelo Rio Amazonas até o Oceano Atlântico, com destino à Europa e à Ásia, principais consumidores de grãos brasileiros."
Ainda com muito pensamento positivo, o presidente da Fiorde relaciona que, em março próximo, deverá ser lançada a licitação de uma linha férrea entre Porto Nacional-TO e Estrela d’Oeste-SP, que deverá ligar também o porto de Itaqui-MA ao Porto de Santos-SP. Com isso, a previsão é que até 2025 a participação do modal ferroviário na matriz de transporte venha a dobrar, desafogando o modal rodoviário. "Além colocar a Ferrogrão para funcionar, o Ministério pretende prorrogar contratos de concessão, usando outorgas devidas pela prorrogação dos contratos para construir novos segmentos. E o primeiro segmento previsto é a Ferrovia Integrada do Centro-Oeste, entre Água Boa-MT e Campinorte-GO, impulsionando o agronegócio no Vale do Araguaia."
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Como diz adágio popular de que "prudência e caldo de galinha nunca fizeram mal a ninguém", Lourenço observa que, se não se tratar apenas de uma carta de intenções, iniciativa comum em começo de governo, a ação ministerial "vem em boa hora e será decisiva para acelerar o desenvolvimento do agronegócio, tirando caminhões das rodovias e, especialmente, diminuindo os gastos com transporte até os principais portos do País, que hoje, segundo estudo da Confederação Nacional da Indústria (CNI), representam cerca de 30% do custo total dos produtores de grãos".
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Como o seu ramo é da logística, o empresário pede mais e de forma oportuna, é bom dizer: "É fundamental que sejam criadas condições que permitam baixar os altos custos da logística no País. Aliás, as commodities continuam a ser vendidas no mercado externo graças ao seu baixo custo de produção, aliado às elevadas cotações que permitem absorver o custo do frete gerado pela ineficiência da infraestrutura logística."
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