Cidades estão começando a proibir carros pelo mundo
Enquanto o hyperloop tenta quebrar as barreiras do som, cidades de economia fortalecida banem carros visando um futuro sustentável
Por: Carolina Cozer - 3 dias atrás
Amsterdã, uma cidade cada vez mais sem carros (Foto Unsplash)
Conheça as 7 regras para o uso de patinete elétrico na cidade de São PauloCarros voadores, veículos autônomos e hyperloop – por um lado, a tecnologia evolui para que os meios de transporte se modernizem e se tornem cada vez mais high tech, por outro, algumas cidades estão apostando em um futuro totalmente livre de carros.
E não à toa. O setor de transportes é a maior fonte de emissões de gases de efeito estufa. O Acordo de Paris, assinado por 195 países, tem como objetivo reduzir a emissão de poluentes e limitar o aumento da temperatura global a até 2°.
Alguns países já estão engajados no projeto estabelecendo zonas ou cidades inteiras onde a circulação de veículos motorizados é proibida, e recursos alternativos de mobilidade são oferecidos, como ciclofaixas, patinetes ou passes de trens gratuitos.
A cidade das bicicletas
Amsterdã já é uma cidade muito conhecida pelas bicicletas, tendo uma “população” de bikes superior a de habitantes. Apesar do altíssimo engajamento da população com este meio transporte, o governo holandês ainda não se deu por satisfeito: o planejamento urbano da cidade visa proibir todos os veículos movidos a diesel e a gasolina até 2030.
Para atingir este marco, estão sendo implementadas mudanças na infraestrutura local, como o estreitamento de ruas, liberação de metrô em horários noturnos, passes livres nos finais de semana e eliminação de estacionamentos.
Noruega: transformação econômica
Oslo, a capital norueguesa, foi uma das cidades mais recentes a executar uma política livre de carros em sua zona central.
De acordo com a BBC, muitos motoristas e empresários do país foram contra esta implementação, e se mostraram céticos em relação à funcionalidade da mudança. Porém, foram obrigados a voltar atrás no argumento, uma vez que a economia local melhorou em diversas áreas.
Muitos locais da cidade, antes vazios, passaram a receber pedestres, passeando e consumindo em estabelecimentos. As lojas estão mais cheias, o trânsito está livre, o ar está mais limpo e os espaços estão sendo mais bem utilizados – os estacionamentos deram lugar para ciclofaixas e outras soluções urbanas.
Turismo e comércio em alta
Outras cidades pelo mundo que já adotaram uma política “car-free” para seus centros urbanos foram Madri, na Espanha, Fez, no Marrocos e Fazilka, na Índia.
Em Paris, o primeiro domingo de cada mês é livre de carros. Nova Iorque possui limitações em certas regiões, como o Central Park e a Times Square. Em São Paulo, a Avenida Paulista é fechada para carros aos domingos e aberta para passeios a pé, práticas de esportes, feiras e shows.
Outros locais apostam em cidades sem trânsito para fomentar o turismo, como Veneza, na Itália, e Giethoorn, na Holanda, onde o transporte é feito totalmente a pé ou a barco.
Muitas cidades turísticas europeias seguem este padrão, forçando as pessoas a caminharem ao ar livre e conhecerem melhor os arredores, tendo a oportunidade de vivenciar a cidade.
Forças contrárias
Uma preocupação recorrente na adoção de políticas públicas livres de carros é o desemprego, uma vez que muitas pessoas dependem de dirigir para sobreviver.
Segundo a BBC, contudo, outras duas tendências correm paralelas ao decréscimo dos carros nessas cidades: o aumento dos trabalhos homeoffice e o retorno dos subúrbios para os centros das cidades.
De fato, estas mudanças precisam andar acompanhadas com alternativas que sustentem as lacunas deixadas por estas transformações – caso contrário, a economia despencaria.
Ao mesmo tempo em que os carros somem de vista, os negócios que envolvem patinetes, bicicletas e carros elétricos ganham cada vez mais força, trazendo outras oportunidades para profissionais.
Da mesma forma, ambulâncias, carros de bombeiros e veículos policiais continuam trafegando normalmente em cidades livres de carros. Neste caso, as estradas são substituídas por faixas de tráfego exclusivas e desenhadas em trechos estratégicos de circulação.
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