BR-235: Uma espera de 25 anos para melhorar a logística e expandir o agronegócio no Tocantins
Publicado em 06/03/2020 15:49 e atualizado em 10/03/2020 17:32
Produtores rurais da região de Pedro Afonso cobram solução de rodovia que facilitaria escoamento da safra e acesso à insumos
Os agricultores da região de Pedro Afonso, no Tocantins, cobram uma solução logística para a BR-235 para poder escoar a produção com mais facilidade e ampliar o potencial produtivo de soja. Segundo o produtor José Edgar de Andrade, se o trecho entre o município até a Serra do Maranhão receber asfalto, os agricultores terão acesso a uma área rica em calcário, podendo aumentar em 200 a 300 mil hectares em área plantada dentro de 10 anos.
Segundo Andrade, os agricultores da área esperam por essa melhoria na estrada há mais de 25 anos, e até agora, não há solução, e as obras andam a passos lentos.
"No papel essa estrada já foi asfaltada. O TCU (Tribunal de Contas da União) embargou a obra por 20 anos porque teve problema, e nós fomos penalizados", afirma.
O produtor explica que de Pedro Afonso, até a Serra no Maranhão falta 160 km de asfalto, e o trecho conta com 60 km implantados, no ponto de serem asfaltados. "Nós vamos chegar no Maranhão e essa estrada vai abrir uma nova fronteira agricola, que é talvez a última do Matopiba, que vai integrar Bom Jesus, Centenário, Rio Sono, Lizarda".
Segundo o gerente da agência da Sicredi em Pedro Afonso, Vitor Augusto Rosalino, no final de fevereiro deste ano, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) informou que os estudos para fazer o traçado da BR-235 no trecho Alto Parnaíba/MA – Pedro Afonso/TO estão na fase de Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEA).
Segundo o gerente da agência da Sicredi em Pedro Afonso, Vitor Augusto Rosalino, no final de fevereiro deste ano, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) informou que os estudos para fazer o traçado da BR-235 no trecho Alto Parnaíba/MA – Pedro Afonso/TO estão na fase de Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEA).
"Hoje temos 60 mil hectares explorados aqui. Essa expansão seria com pouco desmatamento, porque estas terras já estão abertas, só não tem como chegar lá. Estamos falando de 300 km a menos de escoamento de produção para checar nos portos. Isso economiza frete", afirma.
De acordo com Rosalino, existe alguns movimentos do DNIT a respeito de algumas cabeceiras de ponte feitas, mas o asfalto até o Maranhão ainda não saiu do papel.
"A resposta que temos do Departamento é que estão reavaliando os projetos, é este trecho, e como faz muito tempo que os projetos estão parados, não deram prazo de quando a obra deve ser feita", afirma.
O gerente bancário conta que em novembro do ano passado, o DNIT retomou a construção da cabeceira da ponte que passa sobre o Rio Negro, Rio Negro, localizada na divida entre os municípios de Bom Jesus do Tocantins e Centenário.
É esse trecho que falta. Retomar esse estudo, porque era muito tempo, mas não deram prazo. Até teve um grande movimento do pessoal aqui no dia 30 de nov de 2019, quando o pessoal começou a retomar a construção da cabeceira da ponte sobre o rio negro.
"Para nós, lógico que se houver a oportunidade de expandir a produtividade e garantir a facilitação do escoamento da produção é positivo. O escoamento da produção do Matopiba sendo por aqui, é uma alavancagem no progresso".
Para Rosalino, o ministro da Infraestrutura Tarcísio Gomes de Freitas e o governo Jair Bolsonaro como um todo, "estão empenhados em resolver a questão, o que é bom para o Brasil e eles estão vendo com bons olhos".
"A gente está próximo do produtor rural e vemos o tanto que eles investem em solo, maquinário, tecnologia, para produzir agredindo menos o meio ambiente, então a briga é nossa, e de toda a comunidade", afirma Rosalino.
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