Presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT), Antônio Galvan — Foto: TV Centro América
O presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT), Antônio Galvan, foi entrevistado no quadro Papo das Seis, do Bom dia Mato Grosso desta terça-feira (2).
Ele falou sobre os problemas enfrentados por produtores, situação das estradas e o futuro na produção no estado.
Um dos pontos comentados pelo presidente foi a aplicação do Fundo Estadual de Transporte e Habitação (Fethab). O recurso passou por alterações pelo governador Mauro Mendes (DEM).
De acordo com o governo, a reedição do Fethab deve garantir ao estado arrecadação de R$ 1,46 bilhão neste ano, ou seja, 30% a mais o total arrecadado anteriormente. Os recursos serão destinados à Secretaria de Infraestrutura (Sinfra) para investimentos na manutenção das rodovias estaduais.
Além dos 30% destinados à Sinfra, 10% dos recursos do Fethab serão repassados ao MT PAR, enquanto o restante (60%) será aplicado nas áreas de saúde, educação, segurança pública e assistência social.
“O Fethab foi criado em 1995 com uma reserva de dinheiro tirada dos produtores. Infelizmente, nesse governo, se levou 60% do valor para outras finalidades. É causa nobre? Saúde, educação e segurança? É. Mas para isso você tem os impostos. Infelizmente se tirou mais de R$ 1 bilhão para se colocar em outras alas”, criticou o presidente.
A Aprosoja disse que pontuou seis rodovias tidas como prioritárias ao governo, entre elas a MT-129, a MT-130, a MT-488 e a MT-222.
No entanto, para o presidente, o governo tem que investir em outros meios de transporte.
“Se Mato Grosso quer aumentar a produção, tem que usar não só a ferrovia, mas hidrovias, temos os rios. Tem que mudar o modal de transporte rodoviário. Além de ser mais caro, as rodovias são ruins, péssimas. Não é porque tem asfalto que a estrada é boa”, afirmou.
Outro projeto defendido pelo presidente é a Ferrogrão, que abrirá espaço para uma expansão na produção de soja e milho do Mato Grosso. Com a ferrovia, que promete ligar o Mato Grosso ao Pará, a safra poderia saltar.
“A Ferrogrão tem que ser prioritária. É a solução mais rápida. Ela ligaria parte do maior centro de produção de grãos, que é Sinop, até Lucas do Rio Verde, onde está centrado mais de 40% da produção de soja e 50% de toda a produção de milho de Mato Grosso”, finalizou.